PNAIC - Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa

17ª AULA - DATA: 18/09/13

INICIANDO A CONVERSA

Leitura deleite: Ensino para meninas : Coluna "Memorável", da Janete Trevisani, na revista Metrópole, de 1º de setembro de 2013.

        
                             
                              A leitura (1892)  obra de Almeida Junior

Após efetuarmos alguns comentários sobre a saida da Helena de Freitas do DEPE, continuamos nossa aula sobre a Ludicidade. 

TAREFA PARA SALA 


O objetivo principal dessa aula é a apresentação dos jogos do PNAIC - que escolhemos no encontro anterior, divididas em grupos por ano de escolaridade.
Tendo como base para consulta o Manual para Utilização dos Jogos, apresentamos os objetivos didáticos e indicamos o provável nível de conhecimento de escrita  que cada jogo se enquadra, ou seja o público alvo.



 Acreditamos que com essas informações do manual torna-se mais fácil a aplicação dos referidos jogos em sala de aula. 
Os jogos desta coletânea são todos dedicados ao processo de alfabetização. Desse modo, eles são indicados para uso em salas de aula em que os alunos estejam aprendendo sobre o sistema alfabético de escrita A fim de ajudar o professor a analisar jogos usados no processo de alfabetização, Leal, Albuquerque e Rios (2005) os classificaram em três grandes blocos:
  1. os que contemplam atividades de análise fonológica, sem fazer correspondência com a escrita;
  2. os que levam a refletir sobre os princípios do sistema alfabético, ajudando os alunos a pensar sobre as correspondências grafofônicas;
  3. os que ajudam a sistematizar as correspondências grafofônicas

Nesta coletânea, foram criados jogos que contemplam cada um desses blocos. Como a maior parte de jogos disponíveis no mercado é do terceiro tipo (leitura e escrita de palavras), nesta coletânea foi dada mais atenção aos outros dois tipos de jogos. No entanto, salientamos que o terceiro tipo também se reveste de grande importância, principalmente para os alunos que estão com um nível mais avançado de compreensão do sistema alfabético de escrita. Por outro lado, os jogos de reflexão sobre os princípios do sistema alfabético de escrita (segundo bloco) também são úteis para o trabalho com esses alunos. Esclarecemos, ainda, que a classificação adotada serve apenas para fins didáticos de apresentação do trabalho.



O uso dos jogos de alfabetização aqui apresentados visa garantir a todos os alunos oportunidades para, ludicamente, atuarem como sujeitos da linguagem, numa dimensão mais reflexiva, num contexto que não exclui os usos pragmáticos e de puro deleite da língua escrita, através da leitura e exploração de textos... e de palavras.


Algumas colegas trouxeram novas possibilidades de aplicação com um mesmo jogo e ainda foram sendo sugeridos outros jogos e materiais similares foram indicados.

A Silvia por exemplo,  lembrou e sugeriu  para trabalho com matemática: GeoplanosAQUI!

Rosa lembrou dos jogos propostos no programa de aceleração do Estado, elaborados pelo CENPEC    Há apostilas disponíveis para download:

Ensinar pra Valer! Aprender pra Valer! - Módulo 1: Jogos  

Juliana nossa orientadora de estudos sugeriu o jogo Cranium



No material do PNAIC encontramos a sugestão do jogo ADEDONHA
Os jogos mais utilizados com a minha turma de 3º ano foram BINGO DA LETRA INICIAL,  E  TROCA LETRAS,  jogos esses que foram utilizados por toda turma, sem que no entanto fosse restrito ao público alvo que está descrito na ficha do jogo. A interação com os alunos na sala é muito boa, a despeito do nível de escrita que se encontram. Como a maior parte das atividades em sala são feitas grupos, principalmente os jogos,  os alunos fazem trocas bem significativas e, mesmo àqueles que já estão bem avançados no processo de alfabetização, sempre têm aspectos que precisam aprimorar, portanto aprender um pouco mais e , obviamente, todos têm muito a contribuir com o colega. Para efeito de ilustração do modelo das fichas optei por postá-las a seguir: BINGO DA LETRA INICIAL.


Objetivos didáticos:


- conhecer o nome das letras do alfabeto;

- compreender que as silabas são formadas por unidades menores;

- compreender que, via de regra, a cada fonema, corresponde uma letra ou um conjunto de letras (dígrafos);

- identificar o fonema inicial das palavras;

- estabelecer correspondência grafofônica (letra inicial e fonema inicial);

- comparar palavras que possuem unidades sonoras semelhantes;

- perceber que as palavras que possuem uma mesma seqüência de sons tendem a ser escritas com a mesma seqüência de letras.


Público-alvo: alunos em processo de alfabetização, que ainda não compreendam alguns princípios do sistema alfabético de escrita, tal como o de que há unidades sonoras menores que as sílabas ou mesmo os que embora tenham tal compreensão, precisem consolidar as correspondências grafofônicas. O fato de deparar-se com um conjunto de palavras semelhantes, que se diferenciem por apenas uma letra, pode também ser útil para alunos que ainda não tenham consolidado a ideia de que os segmentos sonoros semelhantes são grafados pelo mesmo conjunto de letras em uma mesma ordem. O jogo é indicado para os alunos que estejam com dificuldades em aprender o nome das letras. 
TROCA LETRAS

Objetivos didáticos:
- conhecer as letras do alfabeto e seus nomes;
 - compreender que as sílabas são formadas por unidades menores;
 - compreender que, a cada fonema, corresponde uma letra ou um conjunto de letras 
(dígrafos);
 - compreender que, se trocarmos uma letra, transformamos uma palavra em outra palavra;
 - compreender que a ordem em que os fonemas são pronunciados corresponde à ordem em que as letras são registradas no papel, obedecendo, geralmente, ao sentido esquerda-direita;
- comparar palavras, identificando semelhanças e diferenças sonoras entre elas;
- estabelecer correspondência grafofônica.
Público-alvo:
alunos em processo de alfabetização, mas que não compreendam alguns princípios do sistema, como o de que duas palavras diferentes são escritas com letras diferentes e que a substituição de uma única letra transforma uma palavra em outra. É uma atividade interessante também para crianças que
 já detenham tal conhecimento, mas ainda não tenham consolidado às correspondências grafofônicas. Esses alunos já devem ser capazes de perceber que a escrita tem relação com a pauta sonora.



ESTUDO DO TEMA

Pretendo agora destacar alguns aspectos que julgo importantes sobre o tema, em razão das leituras realizadas - material PNAIC  Unidade 4  e, também, em razão da aplicação dos jogos do PNAIC em sala de aula
 Por que trabalhar com jogos?
Os jogos são práticas culturais que se inserem no cotidiano das sociedades em  diferentes partes do mundo e em diferentes épocas da vida das pessoas. Por outro lado, eles também cumprem papéis diversos relacionados à expressão da cultura dos povos.
Kishimoto (2003, p.17) exemplifica tal dimensão histórica, mostrando que, “se o arco e a flecha hoje aparecem como brinquedos, em certas culturas indígenas representavam instrumentos para a arte da caça e da pesca”, ou seja, o brinquedo pode representar uma das maneiras de resguardar a história da humanidade.
O  jogo, além de constituir-se  como veículo de expressão e socialização das práticas culturais da humanidade e veículo de inserção no mundo, é também uma atividade lúdica em que crianças e/ou adultos se engajam num mundo imaginário, regido por regras próprias, que, geralmente são construídas a partir das próprias regras sociais de convivência.
Fromberg (1987), ao discutir sobre os jogos, destaca algumas de suas características: representam a realidade e as atitudes humanas; possibilitam a ação no mundo (mesmo que
de modo imaginário); incorporam motivos e interesses da própria criança; estão sujeitos a regras, sejam elas explícitas ou implícitas; e têm alto grau de espontaneidade na ação.
 Por que jogos na alfabetização?
Muitos estudiosos, como Quintiliano, Erasmo, Rabelais, Froebel, em diferentes épocas, têm defendido a idéia de que precisamos promover um ensino mais lúdico e “criativo”, surgindo, assim, a noção de “brinquedo educativo”. A esse respeito, Kishimoto (2003, p. 36), mostra-nos que:
"O brinquedo educativo data dos tempos do Renascimento, mas ganha força com a expansão da Educação Infantil [...]. Entendido como recurso que ensina, desenvolve e educa de forma prazerosa, o brinquedo educativo materializa-se no quebra-cabeça, destinado a ensinar formas ou cores, nos brinquedos de tabuleiro que exigem acompreensão do número e das operações matemáticas, nos brinquedos de encaixe, que trabalham noções de seqüência, de tamanho e de forma, nos múltiplos brinquedos e brincadeiras cuja concepção exigiu um olhar para o desenvolvimento infantil e materialização da função psicopedagógica: móbiles destinados à percepção visual, sonora ou motora; carrinhos munidos de pinos que se encaixam para desenvolver a coordenação motora, parlendas para a expressão da linguagem, brincadeiras envolvendo músicas, danças, expressão motora, gráfica e simbólica".

 Na alfabetização, eles podem ser poderosos aliados para que os alunos possam refletir sobre o sistema de escrita, sem, necessariamente, serem obrigados a realizar treinos enfadonhos e sem sentido. Nos momentos de jogo, as crianças mobilizam saberes acerca da lógica de funcionamento da escrita, consolidando aprendizagens já realizadas ou se apropriando de novos conhecimentos nessa área.
Brincando, elas podem compreender os princípios de funcionamento do sistema alfabético e podem socializar seus saberes com os colegas.No entanto, é preciso estar atento que nem tudo se aprende e se consolida durante a brincadeira. É preciso criar situações em que os alunos possam sistematizar aprendizagens, tal como propõe Kishimoto (2003, pp. 37/38): A utilização do jogo potencializa a exploração e construção do conhecimento, por contar com a motivação interna, típica do lúdico, mas o trabalho pedagógico requer a oferta de estímulos externos e a influência de parceiros bem como a sistematização de conceitos em outras situações que não jogos.
Nesse sentido, o professor continua sendo um mediador das relações e precisa, intencionalmente, selecionar os recursos didáticos em função dos seus objetivos, avaliar se esses recursos estão sendo suficientes e planejar ações sistemáticas para que os alunos possam aprender de fato.
Para selecionar os jogos a serem usados, o professor pode, inicialmente, fazer um levantamento das brincadeiras conhecidas pelas crianças. Verá que muitas delas brincam com a língua, quando cantam músicas e cantigas de roda; recitam parlendas, poemas, quadrinhas; desafiam os colegas com diferentes adivinhações; participam do jogo da forca, de adedonha (também chamado de “stop ortográfico” ou “animal, fruta, pessoa, lugar”) ou de palavras cruzadas, dentre outras brincadeiras. Ou seja, o professor pode se valer dos jogos que as  crianças já conhecem e que, juntamente com outros que ele introduzirá, ajudam a transformar a língua num objeto de atenção... e reflexão.
O professor  é quem decide quais jogos utilizar, a partir de seus conhecimentos sobre o grupo classe e  de seus próprios objetivos. Ressaltamos que é fundamental que o professor saiba o que os alunos estão aprendendo, quando participam desses jogos, pois nenhum deles mobiliza todos os princípios do sistema alfabético de escrita. Ao tomar consciência sobre os objetivos didáticos que estão implicados nos jogos disponibilizados aos seus alunos, o professor pode se organizar melhor e decidir acerca das outras atividades que precisará desenvolver, para que os aprendizes se apropriem de outros conhecimentos não contemplados pelos jogos.

TAREFA PARA CASA

Tarefa síntese Unidade 4
Escolha um jogo da caixa, jogue com a turma e registre as dificuldades e facilidades, poderá incluir foto.
 


APROFUNDANDO O ASSUNTO



                                     Pnaic Unidade 4 Sintese Ludicidade









 

Um comentário:

  1. Olá Professora, bom-dia

    Meu nome é Claudio e sou da empresa IDEA JOGOS PEDAGÓGICOS. Empresa formada por profissionais multidisciplinares que cria JOGOS QUE ENSINAM conteúdos nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática, cujo objetivo é estimular a aprendizagem sem perder a magia e o encantamento do lúdico.

    Desenvolvemos diversas atividades para o professor utilizar em sala de aula, sistematizando o conhecimento adquirido após o uso dos jogos do PNAIC.

    Também damos curso de formação de docentes para educadores EI e EF I e II.

    Visite nosso site www.ideajogospedagogicos.com.br

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